quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O EMBATE ENTRE DEFENSORES DA ESCOLA PÚBLICA E PRIVATISTAS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

o embate sobre defensores da escola pública e privatistas na educação brasileira.


Não é possivel falar sobre o choque de interesse entre os defensores da escola pública e privatistas sem antes dar uma pincelada em torno da educação brasileira


A educação brasileira teve inicio no Brasil colonial,os jesuitas eram os responsáveis pela educação básica de uma minoria social ,1549,embasada nos principios religiosos católica,apenas o sexo masculino tinha o privilégio de estudar e a família era responsável pelo custo da educação, negando desta maneira o direito de aprender aos menos favorecidos.


Mas a partir da década de20, do século passado,essa soberania religiosa sobre a educação foi perdendo forças,chocando-se com os principios liberais da escola novistas que defendiam a educação como um direito de todos,em 1932 publicaram o manifestodos pioneiros da Educação Nova,redigido poorFernando de Azevedo e outros conceituados educadores da época que defendiam uma escola única pública,laica(ensino desvinculado da educação relegiosa),obrigatória e gratuita.

Com a promulgação da Constituição de 1934 esse manifesto foi levado em consideração em parte,o estado se fez responsável para ministrar a educação,repassando percentuais mínimos,porém exigindo bons desempenhos das instituições públicas e privadas e legitimou o ensino obrigátorio de religioso nas escolas públicas,contrariando o príncipio liberal da laicidade.

A Carta Magna também instituiu o ensino primário público e obrigatório,criou o concurso público para o magistério,neste periodo a educsção parecia estar sendo democratizada,no entanto os investimentos eram muito pouco,permitindo o destaque vísivel da qualidade da educação das escolas privadas.Dando mais uma vez a demonstração de descaso as escolas públicas que no geral atendiam a classe pobre.Uma outra constituição foi imposta pelo Estado Novo a de 1937,enfraquecendo as conquistas do movimento renovador da educação,diminuindo o dever do estado quanto a educação pública,passando essa a ser de competência da União,o Estado passou a investir mais na escola privada,valorizando o trabalho intelectual da elite,enquanto os pobres tinham como escolha,sem opção, o ensino profissonalizante,capacitando-os para o exércicio do trabalho manual.

Logo depois,entre 1942 e1946 o ministro Capanema reformou alguns ramos do ensino recebendo o nome de leis orgânicas doEnsino e cria-se o SENAI(serviçoNacional de Aprendizagem Industrial)e um pouco depois o SENAC(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial),reforçando a constituinte de 1937,valorizando o ensino profissionalizante,preparando melhor a mão-de-obra,visando á expansão da indústria e do comércio.Essas duas instituições continuam tendo peso significativo,embora tenha caido um pouco a partir do final dos anos 80,diante do atendimento público gratuito.

Mas uma vez os católicos que continuavam detendo o domínio das escolas privadas em especial as secundárias,entram em cena,tentando induzir na tomada de decisões do congresso quanto ao inicio datramitação anteprojeto da primeira LDB DE 1949,pois não queriam que o estado não voltasse a ter o dever sobre a educação,se isso viesse acontecer iria prejudicar seus interesses o estado passaria a investir mais na educação pública democratizando-a enquanto o investimento legado os particulares diminuiria os católicos defendiam a liberdade do ensino e o direito da familía de escolher o tipo de educação a ser oferecida aos seus filhos.Demonstrando mais uma vez o descaso para os menos favorecidos.Durante muitos periodos da reforma educacional do Brasil houve muitos embates entre os defensores da escola pública os católicos defensores das escolas privadas

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